segunda-feira, 26 de setembro de 2011

                                                                IDEO

A proposta da IDEO é identificar necessidades, comportamentos e desejos latentes nas pessoas, focando no ser humano, explorando as possibilidades tecnológicas e contribuindo para o desenvolvimento de empresas nos setores público e privado.
Node chair for Steelcase: a Steelcase é uma empresa de design de interiores, com a qual a IDEO se aliou para pensar em modos de melhorar a experiência de aprendizado dentro de sala de aula. Dessa parceria surgiu essa cadeira, que tem várias adaptações que permitem, por exemplo:
  • organizar a sala de aula para servir a diferentes estilo de ensino;
  • o estudante acomodar-se da forma mais confortável possível, já que a cadeira se ajusta à sua estatura;
  • maior interação entre os estudantes, devido à sua mobilidade e ao fato de que as mesas podem se juntar de forma a criar uma grande mesa de conferência.

Long-haul travel experience (para Air New Zealand): a partir de pesquisas com os usuários, a empresa criou "a experiência de voo mais agradável", tudo pensado nas necessidades humanas (alguns reconhecem nesse espaço uma oportunidade de interação, outros preferem a reclusão - é preciso pensar nesses dois tipos de usuários).

                          Delft University of Technology (TU Delft), Delft

Transparent interfaces (coordenador do projeto: Prof. Dr. H de Hidder): busca maneiras de permitir ao usuário interagir com o conteúdo na mão e não se incomodar com como controlar ou interagir com o produto,  fornecendo produtos com mecanismos para coletar informações sobre o que o usuário está fazendo ou olhando e se adaptar com base nos essa informação para as necessidades e desejos do usuário.
Basic atmosphere controller (do programa, Social and Contextual Interaction Design - coordenador do projeto: Dr. D.V. Keyson): O objetivo do programa é criar produtos que reconheçam as necessidades do usuário. Nesse projeto, música, iluminação e arte são usadas de modo integrado para mudar a atmosfera de uma sala de estar. Várias atmosferas foram desenvolvidas  partir de pesquisas com usuários, e elas são controladas via tablet ou pc.

 

                                Interaction Design Institute (IVREA), Milão 


 

                                            Royal College of Art, Londres

A RCA visa dar um tratamento mais humano às relações usuário-designer, criando produtos fáceis e prazerosos de usar (além de úteis) e fazer uma reflexão sobre o impacto cultural, social e ético das novas tecnologias.


When the home stops (Joseph Popper): o que acontece se a nossa dependência na tecnologia passa dos limites
http://vimeo.com/20097618


Desiging robot shoes (Kevin Grenman): workshop que ensina fundamentos de robótica e como fazer alguns brinquedinhos que permitam entender como os robôs percebem o ambiente






The buttons (Nitipak Samsen): a funcionalidade dos botões (extensão do desejo humano de controlar) é alterada para "inter-controlar" o planeta e as pessoas
http://vimeo.com/5313148


Crossing borders (Ka Fai Choy): visualizações do espaço através da fotografia
http://vimeo.com/7918122

domingo, 18 de setembro de 2011

 ESCOLHA PESSOAL:


Cildo Meireles

Cildo Meireles é reconhecido como um dos mais importantes artistas brasileiros contemporâneos. Aos 10 anos de idade muda-se para Brasília, onde tem contato com a arte moderna e contemporânea. A partir de 1963, estuda com Barrenechea e acompanha a produção artística internacional por livros e revistas. Nesse momento, se impressiona com a coleção de máscaras e esculturas africanas da Universidade de Dacar, exposta na Universidade de Brasília (UnB). Por meio de publicações, conhece o Grupo Neoconcreto, do Rio de Janeiro. Sente-se atraído pelo movimento e se interessa pela possibilidade aberta pelo grupo "de pensar sobre arte em termos que não se limitassem ao visual". No entanto, diferentemente daqueles artistas, seu trabalho, na época, é gestual e figurativo - um desenho de natureza expressionista.
Em 1967, muda-se para o Rio de Janeiro. Nesse ano, o desenho passa para segundo plano, e o artista abandona a figuração expressionista, voltando-se para obras tridimensionais. Sua primeira instalação é Desvio para o Vermelho, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1967. Cria os Espaços Virtuais: Cantos (1967-1969), fragmentos de ambientes em que dois planos se cruzam abrindo uma fresta entre eles. Em 1970, participa da exposição coletiva Information, no Museum of Modern Art (MoMA), de Nova York. A mostra reúne boa parte da produção de matriz conceitual da década de 1960. Cildo Meireles leva as Inserções em Circuitos Ideológicos (1970), série de trabalhos em que imprime frases subversivas em cédulas de dinheiro e garrafas de Coca-Cola, deslocando a recepção da obra da dimensão de "público" para a de "circuito". A intervenção política em objetos banais é constante em sua produção entre 1970 e 1975, como Árvore do Dinheiro (1969), Introdução a uma Nova Crítica (1970) e O Sermão da Montanha: Fiat Lux (1973).
Mora nos Estados Unidos de 1971 até 1973. Ao retornar ao Brasil, concentra-se nas linguagens conceituais e na apropriação de objetos não-artísticos. Em 1974, termina a primeira versão do trabalho Malhas da Liberdade (1976). Realiza, em 1975, a instalação Eureka/Blindhotland, em que investiga propriedades sensoriais não visuais dos objetos utilizados. Na segunda metade da década de 1970, amplia essa discussão em esculturas como A Diferença entre um Círculo e uma Esfera É o Peso (1976), Estojo de Geometria (1977) e Rodos (1978).
No início da década de 1980, alguns elementos pictóricos são incorporados às suas instalações e esculturas, como em Volátil (1980), Maca (1983), Cinza (1984) e Para Pedro (1984). Realiza Missão/Missões (1987), instalação feita com óstias, moedas e ossos, e Através (1989), um ambiente labiríntico formado por objetos e materiais utilizados para delimitar ou interditar espaços, como grades e alambrados. Em 2001, realiza Babel, instalação sonora e luminosa feita com rádios sintonizados em diferentes estações, que retoma e atualiza seus trabalhos com discos de vinil da década de 1970. É o segundo artista brasileiro a ter uma exposição retrospectiva de sua obra na Tate Modern, em Londres, em 2008.

                                                              

Obra em Inhotim:
Desvio para o Vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio 1967 - 1984

Desde o fim da década de 1960, Cildo Meireles tem se afirmado como voz única na arte contemporânea, construindo uma obra impregnada pela linguagem internacional da arte conceitual, mas que dialoga de maneira pessoal com o legado poético do neconcretismo brasileiro de Lygia Clark e Hélio Oiticica.
Seu trabalho pioneiro no campo da arte da instalação prima pela diversidade de suportes, técnicas e materiais, apontando quase sempre para questões mais amplas, de natureza política e social. Neste sentido, Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos – concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. Formado por três ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos “de maneira plausível mas improvável” por alguma idiossincrasia doméstica. Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma seqüência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida.

                                          

Fonte: www.itaucultural.org.br ; www.inhotim.org.br 


ESCOLHA DO GRUPO:
Tunga

Tunga Palmares, PE, 1952; reside e trabalha no Rio de Janeiro

True Rouge 1997
Técnica mista Mixed mídia

Desde meados dos anos 1970, Tunga cria obras de um imaginário exuberante em desenho, escultura, instalação, filme, vídeo e performance. Seu impulso multimídia está associado a uma compreensão da arte como campo multidisciplinar, em que filosofia, ciências naturais e literatura andam ao lado das artes visuais; trata-se de compreender as ações físicas de uma obra como parte do pensamento sobre ela, evitando-se a dissociação entre teoria e prática de um mesmo fenômeno. Não raro, para o artista é importante também ultrapassar os limites entre ciência e fantasia, realidade e ficção, resultando na criação de uma mitologia própria. Em vários de seus trabalhos, o artista contrata performers para realizar algo parecido a rituais performáticos, “inaugurando” a obra. Para denominar estas obras, prefere o termo “instauração” a performance ou instalação, que definiria de maneira mais satisfatória algo que, a partir daquele ato, começa a existir. True Rouge pertence a este grupo de trabalhos. Na instalação, atores nus interagiram com os objetos pendentes: recipientes que contêm um líquido viscoso, vermelho, que derramam sobre si e os vidros, remetendo aos ciclo vitais. O trabalho surge do poema que lhe dá título, escrito por Simon Lane e que descreve uma ocupação do espaço pelo vermelho, valendo-se de trocadilhos entre a língua inglesa e francesa. Os objetos que pendem do teto, unidos por estruturas interdependentes, aludem a um grande teatro de marionetes: uma escultura de manipulação, que, se valendo da gravidade, não chega, contanto, a tocar o chão.


 Fonte: www.inhotim.org.br 


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